Pululam no meu espírito
mil ideias
entre a realidade e a memória,
de tantas coisas lindas
e outras tantas feias,
que nos legou a história.
Aperto entre as mãos
os cravos, desfolhados,
com esperança,
que a Deus imploro,
pois já não sei
se rio ou se choro,
à espera do milagre da mudança.
Neste sonho,
feito de sonhos mil,
quase naufragado,
neste país esquecido, mal tratado,
eu sinto que a saída
é sempre Abril.
E neste novo mar que vai azul
e verde vem, de esperança,
não vão secar os cravos;
vai surgir a liberdade renascida
de quem repele a morte,
e quer viver a vida.
Há novas conquistas a fazer:
reavivar a esperança é o caminho
porque ainda temos na lembrança
que a liberdade se conquista:
na confiança, no amor, no trabalho
e na esperança.
Com força vamos gritar ao mundo
que aqui, neste pedaço,
rodeado de mar ocidental,
existe um povo que quer na mudança,
com trabalho e sem fracasso,
viver feliz no seu querido Portugal.
ABRIL 2011 Autor: Ida Guilherme
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